Ter relação sexual no período certo é ótima tentativa
Casais que estão querendo engravidar tentam de tudo. Uma das primeiras opções sugeridas pela medicina reprodutiva é coito programado: nada melhor do que ter relações sexuais no período fértil da mulher!
Este método é indicado quando o homem não tem problemas com relação à fertilidade e a parceira tem problemas ovulatórios, ciclo menstrual irregular, Síndrome dos Ovários Policísticos, por exemplo.
O que é o coito programado?
Através de medicamentos, por via oral ou injetável, os ovários são estimulados e acompanhada a evolução por ultrassom transvaginal. Sabendo quando a mulher vai ovular, programamos a relação sexual para os dias férteis, aumentando as chances de fecundação do óvulo.
Como funciona a relação programada?
Aproveitamos os dias férteis para programar as relações sexuais
Iniciamos a indução da ovulação a partir dos primeiros dias da menstruação (3° ao 5°).
Durante todo o processo , a paciente é acompanhada por um especialista em reprodução humana, que observa o crescimento folicular através da ultrassonografia.
Quando o folículo está do tamanho adequado, com cerca de 18 mm, a mulher recebe uma dose de hormônio para estimular a ovulação.
Em seguida, orientamos as relações sexuais nesse período, em que as chances de sucesso são maiores.
Depois de 15 dias da relação sexual programada, a mulher é submetida ao teste de gravidez para verificarmos se o beta HCG está positivo, o que demonstra a implantação do embrião.
Caso consiga engravidar, deve começar o pré-natal; do contrário, pode tentar novamente na próxima menstruação.
A orientação é que se repita o tratamento até 3 vezes (ou mais em casos selecionados).
Se a gravidez não ocorrer após tais tentativas, aconselhamos que o casal tente outro tratamento mais eficiente, como a Fertilização in vitro.
Quem pode fazer esse tratamento?
O coito programado não é eficaz para todos os casais. Ele é indicado apenas para casos nos quais a mulher tenha problemas com a ovulação, mas em que os exames dela e de seu parceiro estejam normais. Assim, é importante ter tubas uterinas e espermograma normais. A idade materna também é decisiva para o sucesso.
A avaliação da indicação ou não do método é feita mediante a análise dos exames das tubas uterinas (histerossalpingografia e/ou cromotubagem) e do sêmen (espermograma com morfologia estrita e índice de fragmentação do DNA espermático), além do histórico da regularidade dos ciclos menstruais da mulher.
O método é eficaz?
A taxa de eficácia desse método está em torno de 12 a 15%. Como são utilizados os óvulos da mulher, sua idade interfere no sucesso o tratamento.
Após os 35 anos as chances de gravidez reduzem, já que os óvulos também envelhecem.
Se o método não se mostrar eficiente, o casal pode tentar outras técnicas com taxas de sucesso mais altas, como é o caso da fertilização in vitro.
Apesar disso, a relação sexual programada pode ser a solução para as mulheres que apresentam um ciclo menstrual irregular, como nos casos de Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP).
Embora os medicamentos orais para a estimulação da ovulação sejam encontrados em farmácias, é necessário que a mulher faça o tratamento com um especialista em Reprodução Humana, pois ela pode se expor a complicações e a riscos maiores quando se automedica.
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